Apresentação

Ciência em Gotas

Glaci Ribeiro da Silva

Para preencher o vácuo deixado pela minha aposentadoria, no início dos anos 2000 comecei a escrever. Essa atividade não era nova para mim, visto que após minha graduação em medicina decidi fazer carreira universitária; quem segue esse tipo de carreira, faz pesquisas científicas, orienta teses e leciona alunos de graduação e pós-graduação; assim, o denominador comum de todas essas atividades é estudar e escrever.

O principal objetivo de um pesquisador é divulgar entre seus pares o resultado dos experimentos que fez, apresentando-o em um congresso ou publicando em uma revista científica.

As chamadas Revistas de Divulgação Científica (do lat. divulgare, tornar público, difundir, vulgarizar) surgiram na metade do século 19; elas visavam substituir os pesados livros de então que eram escritos em um jargão (gíria profissional) que o público leigo não conseguia compreender.

Em 1845, surgiu nos Estados Unidos a primeira revista desse tipo – a Scientific American –, que até hoje permanece sendo uma importante fonte de informações.

Atualmente existem muitas revistas como essa; geralmente são publicadas mensalmente: trazem 4-5 artigos completos; alguns ensaios; uma ou outra biografia; e pequenos trechos onde assuntos variados são relatados de uma maneira sucinta. Foi nesse último nicho que a nossa Ciência em Gotas nasceu.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ARDE E EMAGRECE...MAS POR QUÊ?




“Mexicanos – e, por aqui, os baianos – sabem bem dos benefícios da pimenta: além de fazer a pessoa comer menos, essa especiaria baixa o nível de gordura no sangue e, melhor, combate a gordura. Isso os estudos vêm mostrando. Mas, como a pimenta faz isso?

A resposta a esse mistério parece ter sido respondida agora por pesquisadores da Universidade Daegu (Coréia do Sul). No experimento, a equipe separou ratos em dois grupos. Ambos receberam alimentos calóricos. Mas, para um deles, foi acrescentado capsaicina, a molécula responsável pela ardência.

Os roedores que ingeriram a capsaicina perderam 8% do peso corporal e tiveram alteradas pelo menos, 20 proteínas presentes no tecido adiposo (gordura). O outro grupo engordou. Segundo os autores, essas proteínas alteradas foram as responsáveis por ‘quebrar’ as moléculas de gordura.

Para Jong Won Yun, líder da equipe, os resultados explicam – pelo menos, em parte – como age a capsaicina e podem levar a novos tratamentos contra a obesidade.”

In: Journal of Proteome Research, v.9, n.6, pp. 2.977-2.987, 2010

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