Apresentação

Ciência em Gotas

Glaci Ribeiro da Silva

Para preencher o vácuo deixado pela minha aposentadoria, no início dos anos 2000 comecei a escrever. Essa atividade não era nova para mim, visto que após minha graduação em medicina decidi fazer carreira universitária; quem segue esse tipo de carreira, faz pesquisas científicas, orienta teses e leciona alunos de graduação e pós-graduação; assim, o denominador comum de todas essas atividades é estudar e escrever.

O principal objetivo de um pesquisador é divulgar entre seus pares o resultado dos experimentos que fez, apresentando-o em um congresso ou publicando em uma revista científica.

As chamadas Revistas de Divulgação Científica (do lat. divulgare, tornar público, difundir, vulgarizar) surgiram na metade do século 19; elas visavam substituir os pesados livros de então que eram escritos em um jargão (gíria profissional) que o público leigo não conseguia compreender.

Em 1845, surgiu nos Estados Unidos a primeira revista desse tipo – a Scientific American –, que até hoje permanece sendo uma importante fonte de informações.

Atualmente existem muitas revistas como essa; geralmente são publicadas mensalmente: trazem 4-5 artigos completos; alguns ensaios; uma ou outra biografia; e pequenos trechos onde assuntos variados são relatados de uma maneira sucinta. Foi nesse último nicho que a nossa Ciência em Gotas nasceu.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Menos cigarros, mais nicotina.



“Fumantes que diminuem o número de cigarros, podem não estar necessariamente reduzindo a quantidade de toxinas que inalam. Um estudo recente realizado por Dorothy Hatsukami e seus colegas da Universidade de Minnesota revelou que fumantes inveterados que diminuem a freqüência de suas tragadas ainda assim respiram duas vezes mais toxinas por cigarro que as pessoas que fumam menos. Quando eles acendem menos cigarros, compensam os níveis menores de nicotina inalando a fumaça de forma mais profunda ou demorada.

O estudo é consistente com trabalhos epidemiológicos anteriores, que revelaram que indivíduos que diminuíram o número de cigarros fumados, não reduziram riscos à saúde.

A pesquisadora concluiu que pode não haver benefícios em fumar menos. Se os fumantes querem mesmo diminuir o risco de câncer e outras doenças induzidas pelo tabagismo, precisam parar de fumar.

O estudo foi publicado na edição de dezembro de 2006 da revista Câncer Epidimilogy, Biomarkers and Prevention.”

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